quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Esperar



Será que esperei demais,
Pela primavera chegar?
Até agora ela veio apenas
com chuva, raios e trovões,
Será isso prenúncio,
De uma primavera molhada e úmida,
Assim como meus olhos,
Que teimam em chorar?

Andorinha até agora,
Apenas na música do Aquino.
Beijos esquecidos ou aquecidos,
Apenas em sonhos,
Esperando quem sabe uma primavera,
Que ainda não chegou!

Mas também poderá ser mais um mistério,
Que nem a primavera poderá decifrar,
Pois com o tempo não se brinca,
Muito menos com o tempo de Deus!
E assim vamos levando,
Entre lamúrias e muitas lágrimas,
Para quem sabe um dia,
Surgirem muitas flores.
Só espero que não nasçam,
Ao lado de um vaso,
Em um lugar,
Que não vou nem comentar!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Tempo

O tempo
Não será apenas
Um eterno esperar
Até a morte chegar
Pra ela nos levar?
Só me resta então
Esperar chegar
O tempo...



sábado, 26 de setembro de 2009

Dedos e carícias


Com as mãos acaricio,
Com os dedos faço penetração.
Com a língua beijo e sugo,
O ponto da tua imaginação!



quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Indignação


Da série de protestos, transcrevo hoje uma poesia, onde o legal é ler e ouvir pelo YOUTUBE a interpretação pelo próprio autor:

O Meu País
(Composição de João de Almeida Neto)

Um país que crianças elimina,
E não ouve o clamor dos esquecidos.
Onde nunca os humildes são ouvidos,
E uma elite sem Deus é que domina.
Que permite um estupro em cada esquina,
E a certeza da dúvida infeliz,
Onde quem tem razão passa a servis,
E maltratam o negro e a mulher,
Pode ser o país de quem quiser,

Mas não é, com certeza, o meu país.

Um país onde as leis são descartáveis,
Por ausência de códigos corretos,
Com noventa milhões de analfabetos,
E multidão maior de miseráveis.
Um país onde os homens confiáveis não têm voz,
Não têm vez,
Nem diretriz,
Mas corruptos têm voz,
Têm vez,
Têm bis,
E o respaldo de um estímulo incomum.
Pode ser o país de qualquer um,
Mas não é, com certeza, o meu país.

Um país que os seus índios discrimina,
E a Ciência e a Arte não respeita.
Um país que ainda morre de maleita, por atraso geral da Medicina,
Um país onde a Escola não ensina,
E o Hospital não dispõe de Raios X,
Onde o povo da vila só é feliz,
Quando tem água de chuva e luz de sol,
Pode ser o país do futebol,
Mas não é, com certeza, o meu país!

Um país que é doente,
Não se cura,
Quer ficar sempre no terceiro mundo,
Que do poço fatal chegou ao fundo,
Sem saber emergir da noite escura,
Um país que perdeu a compostura,
Atendendo a políticos sutis,
Que dividem o Brasil em mil brasis,
Para melhor assaltar, de ponta a ponta,
Pode ser um país de faz de conta,
Mas não é, com certeza, o meu país!

Um país que perdeu a identidade,
Sepultou o idioma Português,
Aprendeu a falar pornô e Inglês,
Aderindo à global vulgaridade,
Um país que não tem capacidade,
De saber o que pensa e o que diz,
E não sabe curar a cicatriz,
Desse povo tão bom que vive mal,
Pode ser o país do carnaval,
Mas não é, com certeza, o meu país!


terça-feira, 22 de setembro de 2009

A chegada


Quanta alegria
Quanta felicidade
Ela me proporciona.
Espero-a durante nove meses
Tempo igual a uma gestação
Mas ela chega sempre pontual!

Não falha nunca,
Ela chega!
Faça frio ou calor.
E ela nos traz vida nova
Novas cores e novos cheiros
Canto dos pássaros e flores de setembro...

E quem sabe neste ano...
Por que não
Posso esperar novos amores?
E novos cheiros estão por chegar
Quem sabe novas rosas
E novas ninfas para cheirar.

Pois, afinal
Como sempre dizem:
- A esperança é última que morre!
Seja bem-vinda,
Minha e nossa, linda
Primavera!
(e ela chega exatamente às 18h18min de hoje... no hemisfério Sul!).

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Palavra de cantor



Sou um cantor regionalista,
E como tal um ativista da cultura brasileira.
Faço misturas bonitas,
De idéias cosmopolitas com sotaque de fronteira.

Canto forte, canto alto,
Porque o povo que eu exalto é guapo como se diz.
Cantando sou um soldado,
Defendendo o meu estado como quem guarda um país.

Tem trabalho e tem poesia,
Tem ternura e rebeldia tem carinho e tem amor.
Tem honra e honestidade,
E tem o som da liberdade na palavra de um cantor.

Minha voz pode ser triste,
Mas é minha lança enriste meu argumento final.
O meu dom é a liberdade,
E afino com a identidade da cultura nacional.

Sou assim um operário,
Construindo meu cenário unindo meus arsenais.
E o meu canto é sempre novo,
Se eu canto as dores do povo que a cada dia dói mais.
(música e composição de João de Almeida Neto)


sábado, 19 de setembro de 2009

A chuva



A chuva cai,
E rola pelo chão pátrio,
Que juntando-se as minhas lágrimas,
Irão formar um grande rio.

Enquanto chove lá fora,
Eu aqui dentro fico a pensar,
O que seria da vida agora,
Sem o alimento que a água nos traz.

Os raios e os trovões,
Deixemos eles assim.
Eu continuo aqui falando com meu coração,
Sei que ele me é no momento a única opção!



sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Saudades da terra


Sentimentos que falam alto,
Uma grande ponta de saudades,
Das coxilhas verdejantes,
E dos potreiros da minha terra.
Sinto-me enfim,
Estrangeiro em meu próprio país!


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Perfeito corpo



Quando a vi pela primeira vez,
Tinha certeza do que via.
Era uma linda flor.
Em forma de um perfeito corpo de mulher!

O tempo vai passando,
E as pétalas cada vez mais cheirosas.
O perfume que dela exala,
Dá sempre vontade de saborear!

Ela se sobre-sai,
Com este lindo sorriso.
Sabe que com ele pode fazer.
O quem bem quiser!

Este corpo de mulher,
Inspira versos e belas canções.
Não há nada mais bonito,
Sinto apenas vontade de tocar!

E quando vejo-o nu,
Sinto vontade de dedilhar.
Mas fico com sensação gostosa,
De gemer de puro prazer!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Seios


Saudades deles eu tenho,
Pois calor e aconchego eles me davam.
Nas horas de insônia,
Era neles que eu me encostava.

E quanta vontade eu matei,
Dos meus tempos de criança,
Fazia muito mais coisas,
Do que apenas beijá-los.

Se hoje apenas escrevo,
É por sentir muita saudades.
Mas quem sabe um dia,
Noutros seios vou encostar meus lábios!

-

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Amada amante

Que posso fazer,
Se dia após dia,
Lembro de ti,
Linda e eterna amante.

Um amor assim não termina,
Apenas dizendo um simples adeus.
Preciso de muito mais tempo,
Para esquecer teu gostoso cheiro!

Fiz da minha vida um sonho,
Que agora sei que foi utopia.
Mas não me arrependo de nada,
Pois tive você por uns instantes.

Resta-me agora apenas viver,
Na saudade e na lembrança.
E rezar uma Ave Maria,
Para quem saber outra deusa assim aparecer.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Sujeira



Cartão vermelho para a sujeira,
E nem falo só do lixo que temos em todos os cantos.
Falo também do lixo humano,
Que governa este nosso sujo povo!

Será tudo um reflexo,
Da nossa pobre cultura?
Se somos sujos na rua,
Fica evidente que nossos representantes o serão na tribuna!

E quando vemos um carrão na nossa frente,
E de dentro sendo jogado um lixo,
Isso nos mostra que a sujeira,
Está em todas as classes sociais.

Que podemos fazer a não ser rezar,
Para que tudo isso um dia acabe.
Mas sei que depende de nós,
Pobre e ignorante povo brasileiro!


domingo, 13 de setembro de 2009

Você II

Inúmeras vezes eu escrevia,
Teu nome na areia da praia,
Outras tantas eu queria,
Ter falado ele a ti e não podia.

Mas sempre a onda vinha,
E apagava o que eu tinha,
Eras minha e eu não sabia,
Ou era pura ilusão minha.

O meu pensamento voa sempre,
E no meio das estrelas hei de te procurar,
E sabendo que és a mais brilhante,
Muito mais fácil vai ser eu te encontrar.

Não adianta, não vou mudar,
Pois quero um dia saciar esta sede,
E ir beber direto na fonte,
E por alguns instantes, buscar o teu olhar.

Amor erguido de desejo,
Pelo teu corpo e pelo teu beijo,
Que no teu corpo eu me revele,
E que na tua alma eu me encontre.

(republicação (postado em 27/11/2008))

sábado, 12 de setembro de 2009

Quem eu quero

Como é difícil ser feliz,
Estando solitário e sem amor.
Apenas quero amar,
E ser amado eu quero.

Mas onde vou encontrar,
Este tão falado amor?
Será que ele se esconde,
Nas entrelinhas da poesia?
Ou numa pepita bruta,
que precisa ser polida?

De ficar na solidão,
Já estou um tanto farto.
Amar e ser amado,
Será pura ilusão?

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Coloridas rosas

Se eu tiver outra chance,
Mais rosas coloridas irei entregar.
E se para cada rosa que entregar,
Um beijo vou ganhar,
Muitas flores ainda vou comprar.
E aí quem sabe,
de beijo em beijos,
Será que poderei,
Outros lábios também beijar?

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Sempre ao vento gritar

As palavras jogadas ao vento
Com certeza algum eco irão formar
E quem sabe noutro lado
Talvez longe, talvez perto
Algum ouvido poderá escutá-la
Por isso não posso deixar de gritar
As minhas palavras de amor
Pois muito ainda quero amar!


quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O sopro do vento

O mesmo vento que levará
a semente de Dente de Leão para longe
levará meu voto
TAMBÈM...

E eu votando nulo
Acabo me anulando
TAMBÉM...

E assim
Ao balanço do vento
Vou indo
TAMBÈM...

... BLOWIND ...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Voto nulo

Como forma de protesto,
Pelo que temos visto com nossos políticos,
Vou começar a difundir a idéia,
De todos votarem nulo!

Tenho consciência de que precisamos deles,
Mas que ao menos tenham um pouco de vergonha,
Pois assim como a está coisa,
O povo aqui chamado de idiota não agüenta mais!

Leis existem para serem cumpridas,
E novas sempre haverão de vir,
Mas que elas sirvam,
Para todo o povo brasileiro!

Eleições numa democracia,
É uma arma muito poderosa,
Vamos dar um cartão vermelho a eles,
Anulando a maioria dos votos!

Imaginaram a repercussão,
Se um fato assim fosse acontecer?
Eles não teriam a força,
De lá permanecerem como representantes do nosso sofrido povo!

domingo, 6 de setembro de 2009

Ausência de respostas II

Fecho os olhos e o que vejo?
Será que na minha mente só tem você,
Ou serão loucuras e desejos,
Para tê-la ao meu lado?

Dia após dia, penso em ti,
És a única mulher sobre a face da terra?
Serás o único raio de sol que teima em não aparecer,
Ou serão os deuses do amor que teimam em comigo brincar?

Solidão e sofrimento são coisas cotidianas,
Vivo cada dia como se fosse um minerador.
Será que hoje é o dia que encontrarei a pedra preciosa,
Ou terei que adiar para um outro dia esta busca pela jóia?

Terei que aceitar o destino,
E viver sem você.
Apenas sinto que jamais encontrarei,
Uma mulher que nem você!

Perguntas sem respostas,
Ou respostas que teimo em não ver?
Mas as lágrimas do coração,
Falam mais alto do que a razão ...

(republicação (postado em 13/11/2008 ))

sábado, 5 de setembro de 2009

Êxtase



Mais um final de semana,
E eu posso apenas ficar ouvindo a música.
Ficar em êxtase ao lembrar,
Do que sentia por ti, oh meu eterno amor,
Ao ver tua linda flor!

A música que juntos escutávamos,
Você colocando a lenha para o meu fogo acender,
Vou hoje ouvir sozinho outra vez,
E quem sabe de novo amor fazer,
Beijando em sonho teus gostosos lábios!

E assim vamos esperando,
Deixando o tempo passar.
Vou aprendendo que amar vale a pena,
Preciso apenas novo amor encontrar,
Para continuar a viver amando!


sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Lembranças na chuva



Em dia de chuva
Porque será que lembramos
Tanto do nosso amor?

Não importa se na cidade ou no campo
Mas os pingos de chuva nos transportam
Para ficarmos bem ao lado da amada.
E assim vamos deixando
A chuva, raios e trovões
Eles que continuem a alimentar a terra
Enquanto eu alimento meu eterno amor
Enxugando com beijos as gotas de chuva
Que do seu belo corpo teimam em rolar
Mesmo que por isso me chamam de doente e louco
Mas sei que sou normal
Apenas amo quem não me ama...


quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Andando



Andando pelas curvas do teu corpo,
Era como se aos céus eu chegasse.
Beijando e caminhando encontrava algo muito divino,
Que ao êxtase me deixava chegar!

Poder outra flor entregar,
E tua rosa poder beijar.
Tudo isso me fazem sonhar,
Em tudo voltar a realizar!

Andando assim sozinho e em silêncio,
Sei que n'algum lugar vou chegar.
Por isso acredito no dia de amanhã,
Nem que seja somente para em ti ficar a pensar!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Vontade de voltar


Vontade de deitar minha cabeça entre teus seios,
e voltar a sonhar.

Vontade de ter meus lábios em todos os teus lábios,
e aos céus voltar a chegar.

Vontade de dormir abraçado,
e assim voltar a deixar a noite passar.

Vontade de sentir o gosto do cigarro.
Apenas vontades a voltar a ter!


terça-feira, 1 de setembro de 2009

Silêncio

Silêncio que machuca
Silêncio que entorpece os pensamentos
Silencia a alma da gente
Mas não silencia o amor.

E assim silenciosamente silencio
Até quem sabe um dia
A morte levar meu silêncio.

E este silêncio mortal
Será ensurdecedoramente silencioso
E aí sim será certamente
Um eterno e silencioso amor!