Após o luar

Vejo o luar,
E começo a salivar.
Pois lembro do que vou sentir,
Ao de novo poder te beijar.

Nos pequenos lábios,
Minha língua vai escorregar.
E vou querer penetrar,
Noutro gostoso lugar.

Mas enquanto o momento não chegar,
Fico apenas aqui a meditar.
Penso no que vou cheirar,
Assim que a Lua sozinho me deixar.

Conversas

Conversas ao luar
Me fazem lembrar
Das noites que fui te procurar
Pra no teu cheiro eu me inebriar!

Mas com tantas palavras
Nenhuma foi tão feliz
Como a que senti
Na ponta do meu nariz!

E assim o luar vai passar
Pra noutra noite voltar
E vai me fazer ficar
Com muita vontade de amar!

Lapidarei...

Lábios molhados que não inventei ...
Mas que em teu corpo encontrei ...
Com a língua acariciei ...
E assim apenas viajei ...

Ansioso sempre ficarei ...
E acordado esperarei ...
Pois mais um beijo darei ...
Nos diamantes que lapidarei!

Deixando acontecer...

Se qualquer coisa acontecer,
Uma flor poderá nascer.
Mas se nada aparecer,
Na escuridão apenas o cheiro sentirei...

MULHERES

Diferentes,
Especiais,
Charmosas,
Sensuais,
Carinhosas,
Mães,
E tantas outras palavras para defini-las.
Mas na verdade basta dizer:
SIMPLESMENTE MULHER!

E não vivemos sem vocês!

Palavras ao vento

Idas e vindas,
Constantes mudanças.
Quando tudo se quer,
Nada se alcança.

Palavra não dita,
Destino incerto.
Silêncio quebrado,
Quando tudo se ouve.

Tristezas afins,
Vida perdida.
Mas o que é a vida,
Senão um jogo?

Ganhando ou perdendo
Sorrindo ou chorando.
O que vale mesmo,
É poder agradecer pela vida!

Alguns a têm por completo,
Outros a perdem cedo.
Os otimistas floreiam,
Os pessimistas a odeiam.

Cada qual na sua,
Parado ou andando.
O importante é poder respirar,
Cada um o seu perfume!

Mas antes tarde do que nunca,
Quero dizer que continuo.
A esperar que aconteça,
Um milagre do destino...

(republicação (postado em 18/11/2008))

Sentir

Deitar e cheirar,
Não a pequena flor,
Muito menos tocar,
As úmidas ninfas.

Mas apenas deitar e chorar,
Sentir e lembrar,
O algo mais que quem sabe,
Nunca mais poderá chegar.

Pois só me resta,
A cabeça ao travesseiro deitar,
E assim para sempre tentar,
De ti me lembrar!