Se houver amanhã,
Carona quero te dar,
Remo eu tenho,
Falta-me a canoa,
Pra navegar.
Mas ainda no mato estou,
Para uma árvore apropriada encontrar,
E com ela uma canoa manum fazer,
E para então ao teu encontro ir,
Remando sem parar.
Mas como é difícil,
Saber em que rio,
Você está querendo navegar.
Assim vou ficando,
Ancorado,
Esperando,
A maré subir.
Quem sabe um caboclo do rio,
Vai me ajudar,
A te encontrar.
E quando te localizar,
Na barranca do rio,
Saberei que à hora chegou,
Para te conhecer.
E aí então,
Remarei, bem devagarzinho,
Sem ondas fazer,
Pois quero, de surpresa,
Cada vez mais perto chegar,
Para apenas dizer bem baixinho,
Cheguei para poder te amar...