Eu trepo,
Às vezes me estrepo.
Mas há quem não goste,
Pois pra trepar,
Haverá de se gostar.
Mas para no topo chegar,
E nas alturas ficar,
Depois de ver as nuvens passar,
E um gostoso grito soltar,
Ver gotas de orvalho cair,
Haver-se-á muito de olhar,
Para onde se está a pisar,
Pois um galho podre pode estar,
Onde seu pé for se apoiar...
Mas o Poeta Quintana um dia assim escreveu:
“Poesia não é a gente tentar em vão trepar pelas paredes,
como se vê em tanto louco aí: poesia é trepar mesmo pelas paredes”.